sábado, 14 de maio de 2011

Até quando a fé governará o país?

Passeando pelo Youtube achei um vídeo que trata de um assunto interessante, ele mostra o pronunciamento feito pelo então candidato a presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, ele discursa sobre a pluralidade religiosa, a fé e a razão.
Primeiramente, deixo meus conceitos a respeito dos EUA de lado, o objetivo aqui não é falar de imperialismo ou qualquer outra coisa à respeito do pais, nem do próprio Obama nem suas crenças, mas sim, até onde a religião predominante em um país influencia no seu governo, seja a nível de nação, estado ou município. Quem não já ouviu a história de que em cidades pequenas, o político apoiado pela igreja (padre), sempre vence? Foi assim também em São Paulo, quando Fernando Henrique foi questionado a respeito de sua religiosidade pouco antes das eleições para prefeito, resultado: FHC despenca nas pesquisas e perde as eleições para Jânio Quadros. Recentemente nossa atual presidenta, teve sua candidatura um pouco abalada quando o aborto ( repudiado pelo cristianismo) foi colocado em pauta, mas a questão não é a legalidade do aborto em si, mas sim o poder que a religião, ainda que indiretamente, tem sobre todo um país considerado laico. Só para enfatizar esse repúdio ao aborto, em 2009, o arcebispo de Olinda/Recife excomungou os médicos e alguns familiares de uma menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto e que sofria risco de morte, caso a gravidez continuasse, mas o mesmo arcebispo não excomungou o padrasto que a estuprou   (fonte G1 ).
E nisso, onde fica a opinião dos outros "grupos" religiosos ou não religiosos? Esse é um grande problema para nós, onde o nível de alfabetização da grande maioria da população não é o suficiente para que elas pensem e analisem cada situação por si sós, sem serem influenciadas por um livro antigo e ultrapassado, que é "atualizado" de tempos em tempo quando convém à igreja interpretá-lo de uma nova forma, ou adicionado "novos" pecados.
Concluindo, enquanto olhar-mos nossa sociedade de forma etnocentrista, deixando que, na maioria das vezes, a religião se sobreponha a razão, o Brasil nunca vai chegar ao nível de desenvolvimento que tanto falamos e desejamos alcançar, e quando falo em desenvolvimento, não falo em divisas, economia e prestígio internacional não, falo em convívio, em respeito, em moral, moral essa que deixa tanto a desejar em tantas pessoas que se dizem cristãs.


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